A derrota em Paços de Ferreira despertou o novo Sporting para um velho problema – a finalização. Apesar de todas as mudanças operadas neste defeso, Paulo Sérgio acabou o jogo de estreia na Liga a queixar-se do mesmo que os seus antecessores tantas vezes lamentaram, em circunstâncias semelhantes – a falta de eficácia. “O Sporting teve várias situações de baliza aberta e não as concretizou”, disse o técnico, de 42 anos.
Em janeiro de 2009, desperdiçada a oportunidade de isolar-se provisoriamente no comando da Liga, Paulo Bento dizia algo muito parecido após um nulo na Trofa. “Não é normal ter este volume de jogo e não fazer qualquer golo”, afirmava.
Meses depois, acabado de sofrer o primeiro desaire como técnico do Sporting, em casa, com a U. Leiria, Carlos Carvalhal fazia eco de iguais preocupações. “Tivemos golos quase cantados. Falhámos oportunidades flagrantes”, reconhecia.
Olhando para o histórico do campeonato, percebe-se que o Sporting não consegue há já cinco anos ter o melhor ataque da prova. O que equivale a dizer que há cinco anos não marca mais do que Benfica e FC Porto na mesma edição da Liga. A última época em que tal aconteceu foi a de 2004/05, com José Peseiro. Embora tenham terminado no 3.º lugar, os leões apontaram 66 golos, mais do que águias (51) e dragões (39).
Soluções
Com Paulo Sérgio, a falta de eficácia custou pontos logo à 1.ª jornada. Será fado? Ou antes a prova de que, “apesar” de Liedson, nas últimas épocas têm faltado mais e melhores soluções para o ataque? O novo treinador reclama-as: quer um avançado alto, com capacidade no jogo aéreo, que faça a diferença para aqueles que já tem no plantel: Liedson, Postiga, Sinama-Pongolle, Saleiro e Yannick; isto sem contar com Valdés, Vukcevic ou Salomão.
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